domingo, 26 de fevereiro de 2012

Um sonho de infância

Desde criança, eu sonhava em ser bailarina, eu via às vezes reportagens na televisão sobre bailarinas e ficava encantada, meus olhos brilhavam e eu achava lindo a leveza e delicadeza das bailarinas. Eu fiz um tempo ballet, mas era aquele ballet básico, sabe? Borboleta e plié. Borboleta e plié. E alguns alongamentos que eu achava suuuper chatos. Uma criança pequena não entende ainda que isso é o básico pra se tornar uma bailarina, geralmente, as crianças entram no ballet achando que já vão dançar na ponta dos pés e girando piruetas por aí, como era o meu caso. Saí rápido do ballet, não entendia porque não poderia sair dançando por aí, ou girando piruetas, eu não queria ficar sentada me alongando o resto da aula. Depois, com mais ou menos 11 anos, voltei ao ballet. Eu não ficava só me alongando na aula, eu fazia aula de verdade, não só pliés, como outras coisas. Eu admito, sou relaxada e preguiçosa, mas eu me esforço pra não ser assim. Depois de 1 ano de ballet, comecei a gostar mesmo, eu já me apresentava em teatros e outros eventos e achava o máximo! Eu finalmente entendi que aqueles alongamentos chatos e inúmeros pliés da minha infância serviriam para alguma coisa, entendi que ninguém começa do topo, é degrau por degrau, quando voltei ao ballet, anos depois, eu não era tão criança, então minha professora já pegava mais pesado comigo, não tanto, porque eu era uma iniciante, mas como eu disse, eu não fazia só alongamentos e pliés. Eram mais coisas. E dessas outras coisas que fui aprendendo, fui crescendo como bailarina, no outro ano, eu já estava dominando certas coisas que não fazia bem, depois eu comecei a fortalecer a minha musculatura, e aprendi também que só a fortaleço me esforçando nessas coisas que aprendemos no ballet, as coisas básicas. Quanto mais eu melhorava, mais fortalecia minha musculatura, e era um passo a menos para o meu sonho: a sapatilha de ponta. Já havia aprendido a coordenar e equilibrar o meu corpo na sapatilha comum, então eu era capaz de fazer isso na tão sonhada sapatilha de ponta. Me lembro da felicidade do dia em que minha professora disse para mim e minhas colegas que nós já podíamos providenciar nossas sapatilhas de ponta. Se eu pudesse, naquela hora, pulava na minha professora e a enchia de beijos. Mas me conti. Quando fui comprar a sapatilha na loja foi pura alegria, eu a achei meio dura de inicio, mas também aprendi que ela vai amolecendo conforme a gente usa na aula. E eu espero nunca parar de dançar, é tão bom! E aconselho também, aos que querem dançar, nunca é tarde, tudo bem que quanto mais cedo melhor (eu me arrependo de ter parado de fazer ballet quando eu era pequena), mas sigam os seus sonhos, se vocês querem dançar, dancem!
P.S.: Essa foto é das minhas sapatilhas e as da minha amiga também, em uma de nossas primeiras aulas de ponta!
Postado por: Mari

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